terça-feira, 29 de junho de 2010

Como sobreviver à Copa quando você não curte futebol - Parte 3

Pra você que se sente o ser mais indigno da humanidade porque veio de fábrica sem esse gene que é ativado nos brasileiros de 4 em 4 anos, fique tranquilo. É melhor ser autêntico e aceitar o fato do que se forçar a fazer algo de que não gosta e pronto. Não esqueça de que, em 2014, é a nossa vez de sediar a Copa do Mundo.

Aliás, sabia que não vai ser a primeira vez em que o Brasil abriga a competição? Em 1950, o país já foi o anfitrião do evento. O incentivo à construção do Maracanã foi, em grande parte, devido a essa edição da Copa, inclusive. Enfim, curiosidades à parte, se com os jogos no continente africano, o país entra nessa euforia futebolística toda, imagine quando as partidas forem realizadas aqui ao lado.

No entanto, a Copa do Mundo tem a ver com muito mais coisas além de futebol. No caso da Copa 2014, o mais bacana vai ser entrar no clima de que vamos ser a sede de um dos maiores eventos esportivos do mundo. Ou seja, o Brasil terá uma grande responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, uma chance única de solidificar sua posição no panorama global. O país ainda deve ganhar muito em relação a empregos e infraestrutura. As cidades-sede vão ser:
  • Belo-Horizonte (MG)
  • Brasília (DF)
  • Cuiabá (MT)
  • Curitiba (PR)
  • Fortaleza (CE)
  • Manaus (AM)
  • Natal (RN)
  • Porto Alegre (RS)
  • Recife (PE)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • São Paulo (SP)
Também sempre vale a pena assistir aos eventos associados à competição, como a cerimônia de abertura, com os atos simbólicos e as apresentações musicais. Eu, pelo menos, adorei a Shakira cantando o tema da Copa desse ano, em Joanesburgo:



Além disso, tem algo que me atrai, em especial, em relação à Copa do Mundo. Nós reclamamos o tempo inteiro de como andamos desunidos, desconectados uns dos outros, distantes. No entanto, durante a competição, assistimos a algo aparentemente impossível: todos parecem motivados a estar juntos, a torcer por uma mesma causa, a vestir a camisa com as cores da nossa bandeira e gritar, se abraçar, chorar e comemorar.

Obviamente, precisamos que essa união esteja presente também em outros momentos do nosso dia-a-dia e da nossa História. A sociedade brasileira ainda precisa percorrer um longo caminho até perceber sua força e  seu potencial como propulsora de mudanças. Porém, ver que, ainda que a cada 4 anos, os brasileiros são um só é comovente. E é também um sinal de que nem tudo está perdido. 

Como sobreviver à Copa quando você não curte futebol - Parte 2

Vamos, então, aos conselhos práticos:
  • Lembra daquele amigo ou daquela amiga que vive do outro lado do planeta? É hora de retomar o contato! Graças a MSN, Skype, Facebook, Gtalk e afins, não existe desculpa - como o preço exorbitante do DDI - para não passar um tempão conversando com quem a gente conhece em outros países.
  • Assim que souber que vai haver jogo, passe na locadora (e não deixe para o dia da partida, pois é bem capaz de ela estar fechada). Essa é a hora de colocar em dia a lista dos filmes que você quer ver, de conferir os ganhadores do Oscar 2010, de assistir ao box inteiro daquela série que te interessou quando você estava zapeando. A locadora é o seu colete salva-vidas para programas furados. Guarde esse conselho no coração e o ímã com o telefone da locadora, na porta da geladeira.
  • Outra boa opção também é o cinema, onde você vai poder ver aquele filme concorridíssimo sem pegar fila pra comprar ingresso nem muvuca na sala. Inclusive, vale a pena pesquisar sobre as promoções, já que os dias e horários dos jogos provavelmente irão coincidir com os mais baratos. Se quiser uma dica, vá ver Toy Story 3, e sem cara feia por ser animação. Além de visualmente lindo, o longa tem uma trama bem bacana e emocionante.
  • É difícil lutar contra a corrente. Você é uma minoria, supere. No entanto, isso não quer dizer que você é o único ser humano a não ligar pros jogos da Copa. Aproveite para conversar com os conhecidos e ver se algum deles está na mesma situação que você. Numa dessas, você pode acabar ganhando novos amigos. Tente reunir aqueles que estiverem na mesma situação que você, peça para cada um levar algo para comer ou beber e faça uma reuniãozinha em casa. Vale até soprar a poeira do Imagem & Ação ou Banco Imobiliário.
  • Aproveite para colocar em dia aquelas tarefas que você vive protelando. Pode ser a arrumação do guarda-roupa, a organização do orçamento numa planilha, a limpa nos papéis guardados, enfim. Sempre tem alguma coisa que a gente sempre vai deixando pra depois.
  • Também é um bom momento para retomar os hábitos de leitura e se atualizar com as notícias da semana.
Curta um pouco essa coisa de ser a ovelha negra da sociedade brasileira.

Como sobreviver à Copa quando você não curte futebol

Desde 11 de junho que não se fala em outra coisa. De repente, palavras como jabulani e vuvuzela parecem ter se infiltrado no vocabulário de todos, do cobrador do ônibus aos colegas de trabalho. Além de Dunga, de repente o país ganhou 190 milhões de técnicos de futebol. É um tal de gente comentando com propriedade sobre países distantes que desconhecia até dois minutos atrás, gritos ensurdecedores e um patriotismo jamais visto antes em qualquer campanha presidencial. Qualquer pessoa minimamente observadora sabe que, ao ver alguém na rua vestindo blusa do Brasil, só existem três explicações possíveis:

a) É gringo
b) É Copa
c) É gringo e é Copa

Dessa vez, como tudo em volta nos lembra incessantemente, estamos na décima nona edição da Copa do Mundo, que vai até o dia 11 de julho. E o futebol é tão importante no cotidiano e na cultura do brasileiro que, quando a seleção joga, o país para. É comum encontrar universidades e escolas que liberem os alunos e empresas que deixem seus funcionários e estagiários livres nos dias de jogo. Então, é aí que todos deixam seus afazeres de lado para acompanhar atentamente os dribles e passes de bola, se emocionando a cada gol.

Quer dizer, todos, menos os infelizes que não ligam pra futebol e calharam de nascer justo aqui. Os párias sociais que cometeram o gravíssimo crime de não ver a menor graça em um bando de marmanjos correndo enlouquecidos atrás de uma bola. Os malditos brasileiros desprovidos de patriotismo, que não completaram álbum de figurinha, não fazem lá muita questão de saber o que é um impedimento  nem sentem culpa por não saber a escalação da equipe paraguaia.

São aquelas pessoas que ficam felizes em sair mais cedo do trabalho, mas têm que conviver com a ideia de que, se não assistirem ao jogo, vão ficar quase duas horas sem ter o que fazer nem com quem fazer (isso se não levarmos em conta o pós-jogo). São os indivíduos que, quando resolvem sucumbir à pressão coletiva, passam as partidas desenhando no guardanapo, repassando mentalmente a matéria da prova de quarta-feira ou pesquisando assuntos aleatórios na internet via celular.

O jornalista Rodolfo Viana, meu amigo e colega de profissão, sabe como é isso. "Sobreviver à Copa é bem difícil no país do futebol, porque o Brasil para. Lá na redação, cessamos os textos a dois minutos da partida. Alguém liga a TV e todos se postam em frente dela. Eu tento continuar trabalhando, mas onde estão os assessores? As fontes? As pessoas? Tudo para, mesmo que você não queira parar. É o meu caso. Então me resta ir à frente da TV e fazer comentários de quem não entende, como 'o Kaká parece anêmico'. Por mim, eu continuaria trabalhando, mas o mundo discorda de mim", diz.

Existe solução pra essas pessoas além da exclusão social e do tédio?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Kinoestreias da semana

  • O Golpista do Ano (I Love You, Phillip Morris) - A produção estreou no Sundance Festival de 2009 e enfrentou um longo calvário até seu lançamento comercial. Por aqui, o filme ganhou uma tradução hedionda e um cartaz de lançamento que podia ter sido feito pelo meu irmão de seis anos no Paintbrush. Mas, enfim, detalhes à parte, estou ansiosa pra assistir às desventuras de Steven Russell (Jim Carrey), que vai parar na cadeia após uma série de trambiques e conhece Phillip Morris (Ewan McGregor), por quem se apaixona. 



  • Príncipe da Pérsia (Prince of Persia: The Sands of Time) - Não sou muito de filme de ação, mas se tem alguém que eu amo nessa vida é o Jake Gyllenhall, que vive no cinema o herói do game homônimo. Também, depois de suas atuações em filmes como Donnie Darko e O Segredo de Brokeback Mountain, nem tem como não admirar até o infinito esse cara.



  • Ao Sul da Fronteira (South of the Border) - O cineasta Oliver Stone saiu em viagem por cinco países para investigar os movimentos sociopolíticos na América do Sul. O documentário traz entrevistas com Lula, Hugo Chávez e Evo Morales, entre outros personagens-chave desse pedaço do planeta, numa produção que parece bem interessante pra ampliar a visão do público sobre o panorama latinoamericano atual.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Diário de um jovem ator

Rafael Brits costuma dizer que sua vontade de atuar nasceu com ele. "Desde pequeno, sempre disse a todos que seria ator. Não pela fama, e sim por prazer em ver a resposta do público, seja rindo ou se emocionando. Acho mesmo fascinante", diz o rapaz, de 23 anos. Desde que começou a interpretar, Rafael já participou de diversas peças infantis e espetáculos de comédia, como o sucesso Pout-PourRir (que também produziu), Quem Ama Não Queima a Cara (em que deu vida o apresentador e a uma drag queen, nas fotos à esquerda e abaixo) e Prole de Narcisa (no papel de um velho escritor, na última foto que ilustra a matéria). As três peças citadas foram dirigidas por Afra Gomes e Leandro Goulart.

Te falar que ator rala pra caramba, hein? O nosso entrevistado fez também teatro de bonecos e atuou em festas, além de ter participado de um curta-metragem, Crianças Brincam Enquanto Dormem (de Ed Lopez). Ele pode ser visto ainda num vídeo - que até agora conta mais de 11 mil visualizações -, em que defende Vanusa, logo depois da polêmica aparição da cantora interpretando o hino nacional meio... alterada. Atualmente, Rafael cursa Publicidade e Propaganda numa universidade particular e estagia num canal de TV por assinatura. Apesar da paixão pelo teatro, o jovem fala que também pensa em trabalhar paralelamente na área em que está se graduando.

Para ele, um dos grandes problemas para quem quer viver de arte no Brasil é a falta de verba direcionada à cultura. "Existem muitos projetos de boa qualidade por aí lutando por patrocínio", afirma. Segundo o estudante, é comum que o próprio ator precise correr atrás de figurino e material cênico para as peças em que vai atuar, além de cuidar também da divulgação. O jovem destaca que, apesar das "panelinhas" que existem no teatro, há uma grande quantidade de opções de cultura no Rio de Janeiro e que tem muita coisa boa em cartaz por aí. No futuro, é bem possível que a presença de Rafael nos palcos se torne cada vez mais frequente. O público agradece.

Confira uma amostra das atuações de Rafael Brits:


domingo, 9 de maio de 2010

Solar de Botafogo

Sabe quando a gente convive tempos com alguém que mal cumprimenta, um dia começa a conversar no elevador e descobre que a pessoa é super legal? Foi essa sensação de descoberta que eu tive ontem, ao conhecer o Solar de Botafogo, escondido perto da esquina da General Polidoro com a Paulo Barreto, quase chegando ao São João Batista. 

Dentro do casarão, está um lugarzinho belíssimo e aconchegante, com teatro e café. O espaço tem ainda uma programação cultural interessante. Seja para saborear um brownie com sorvete, assistir a uma peça, pegar uma sessão do cineclube ou fazer aulas de atuação, vale a pena visitar o local.

Solar de Botafogo
Rua General Polidoro, 180 - Botafogo

Pra entrar no clima:

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Kinoestreias da semana

O menu cinematográfico da semana está bem variado, com estreias nos gêneros de terror, ação, aventura, romance e drama. Diretamente do quinto dos infernos, o apavorante Freddy Krueger volta para ameaçar a paz dos moradores da Elm Street, na refilmagem da clássica saga iniciada por Wes Craven em 1984. Também chega às telas a despedida de Heath Ledger, talentoso ator morto em 2008. Escolha o seu filme e boa sessão.
  • A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street) - Um dois, Freddy vem te pegar... quem não lembra dessa musiquinha macabra? Pois Freddy Krueger, o monstrengo que deixou muita gente sem dormir nos anos 80, está de volta. Comprem a Coca-Cola pra misturar com café e Red Bull que dormir depois do retorno de Freddy às telas vai ser meio complicado.

      • O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (The Imaginarium of Doctor Parnassus) - O último longa com o saudoso Heath Ledger no elenco traz a incrível história do Dr. Parnassus (Christopher Plummer), que tem a valiosa habilidade de guiar a imaginação alheia. Anos após fazer um pacto com o diabo, Parnassus precisa descobrir como salvar a filha se torne propriedade do coisa-ruim.Como Ledger morreu antes do término das filmagens, seu papel foi dividido entre Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell. Além da trama mirabolante, Terry Gilliam (membro do lendário grupo de comédia Monty Python) promete uma sessão de efeitos especiais impressionantes.

        • Segurança Nacional - Roberto Carminati dirige um longa de gênero pouco comum entre as produções brasileiras: ação. Com Thiago Lacerda, Ângela Vieira, Gracindo Júnior e Milton Gonçalves no elenco, o filme trata do tráfico internacional e da proteção das fronteiras do país, temas atualíssimos. Eu particularmente acho o Thiago Lacerda meio canastrão, mas vai que... né?

            • Querido John (Dear John) - Pra quem curte um romance daqueles de esvaziar a caixinha de Kleenex no cinema, essa é a grande pedida da semana. Um jovem e apaixonado casal (interpretado por Amanda Seyfried, de Mamma Mia! e Channing Tatum) separado pelas missões militares do soldado John se vê forçado a aliviar a distância durante anos por meio da troca de cartas. A direção é de Lasse Hallström, de Chocolate.

                • Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo - Dirigido por Karim Aïnouz (de O Céu de Suely e Madame Satã) e Marcelo Gomes (de Cinema, Aspirinas e Urubus) dividem a direção do filme, que acompanha a viagem do geólogo José Renato (Irandhir Santos) pelo sertão nordestino. O pesquisador faz um trabalho de campo para avaliar o possível percurso de um canal a ser construído ali. Pouco a pouco, a solidão do ambiente e que existe dentro do personagem tornam-se uma só.

                domingo, 2 de maio de 2010

                Empório (Ipanema)

                Quem curte rock e costuma andar pelas bandas de Ipanema certamente conhece o Empório. É um bar bem gostoso pra se sentar a uma mesa perto da rua, na varanda, e tomar um chope enquanto se ouve uma ótima trilha de rock, geralmente das antigas. Isso, atenção, é só em dia de semana.

                Nos finais de semana, o Empório vira um inferno. Lotado, intransitável e super ineficiente no atendimento (que não é lá essas coisas nos outros dias). Ontem estive lá com amigos pra ver o show da Tipo Uísque, no palco que fica no segundo andar. Já na fila pra subir, o primeiro aborrecimento. A menina que checava quem estava na lista amiga e recebia o pagamento da entrada não sabia dizer se o bar aceitava cartão de crédito ou débito. Depois de perguntar a um rapaz ao seu lado, disse que o bar aceitava débito. Assim que subimos (e descobrimos que o lugar era um ovo e o palco, minúsculo), o bartender nos disse que só aceitava dinheiro e que só no bar do térreo poderíamos pagar no cartão. 

                De volta ao andar de baixo, contornamos a multidão que se amontoava pela passagem e chegamos ao bar, onde esperamos uma vida até chegar ao caixa, onde o mesmo funcionário que recebia o pagamento também preparava os drinks, atrasando ainda mais o serviço. Além de toda a demora, também só é possível comprar fichas de bebidas nas compras com cartão. Ou seja, quem estiver só com dinheiro vivo tem que passar pelo calvário de ir ao caixa toda vez que quiser pegar uma bebida. Resumindo: se for sexta ou sábado depois das 20h, fuja do Empório. Nos outros dias e horários, pode ir que vale a pena pelo lugar arejado, pela trilha sonora e pelo público desencanado.

                Empório - Rua Maria Quitéria, 37 - Ipanema

                Pra entrar no clima:

                quarta-feira, 28 de abril de 2010

                Kinoestreias da semana

                Nessa sexta-feira, chega às telas uma seleção cinematográfica das mais promissoras e democráticas. Do tão esperado novo longa do cult Woody Allen (que teve sua primeira exibição nos Estados Unidos há mais de um ano) ao arrasa-quarteirão Homem de Ferro 2, passando por um épico chinês e um premiado drama francês, não faltam boas opções pra quem decidir se recostar numa poltrona  vermelha com um pacote de pipoca ao lado.
                • Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works) - O mais recente longa de Woody Allen - baseado num roteiro escrito pelo cineasta na década de 1970 - demorou pra chegar por aqui, mas finalmente vai dar as caras nos cinemas brasileiros. O filme mostra a relação improvável entre o rabugento Boris Yellnicoff (Larry David) e a doce Melody Celestine (Evan Rachel Wood, de Aos Treze). Pelo que o amigo Matt Rocha me contou, podemos esperar uma ótima sessão, do nível de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (pra ele, o melhor título assinado por Allen).

                • Homem de Ferro 2 (Iron Man 2) - O milionário Tony Stark (papel entregue ao sempre incrível Robert Downey Jr.) está de volta com sua armadura que, assim como Carlinho Elói de Quixeramobim, merece todo o nosso respeito tecnológico, num longa dirigido por Jon Favreau. Os vilões que enfrentam o herói da Marvel dessa vez são Whiplash e a Viúva Negra. No elenco, estão ainda Scarlett Johansson, Mickey Rourke, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow e o criador do personagem, Stan Lee (numa ponta).


                • A Batalha dos Três Reinos (Chi Bi) - No novo longa de John Woo, a história se passa na China do século 3, no que parece ser um daqueles belos e grandiosos épicos orientais. Tudo começa quando o reino de Wu é invadido pelo guerreiro Cao Cao (Fengyi Zhang) e seu exército, levando o soberano local a pedir ajuda ao guerreiro Liu Bei (Yong You), seu rival. Mesmo com o reforço, os invasores parecem estar em posição de vantagem. Uma estratégia ousada será o bastante para deter a ameaça?
                 
                • O Profeta (Un Prophète) -O jovem Malik (Tahar Rahim) chega a uma prisão na França e, sozinho e sem proteção, precisa se submeter às vontades dos outros presos. O rapaz, então, começa a realizar uma série de "serviços" a mando deles e a receber o que se pode chamar de educação criminal. Apesar de parecer frágil, Malik logo começa a ganhar a confiança dos demais e a elaborar seus próprios planos. O longa é dirigido por Jacques Audiard, concorreu ao Oscar de filme estrangeiro esse ano, foi amplamente reconhecido no último César e levou o grande prêmio do júri em Cannes no ano passado.
                (perdoem, que eu só encontrei o trailer com legendas em inglês)




                Faça sua escolha e bom filme!

                sábado, 24 de abril de 2010

                Brasserie Rosário (Centro)

                Parte do charme da Brasserie Rosário é o fato do lugar ficar escondidinho ali perto do Arco do Teles e do CCBB. Mas definitivamente não é só isso: o restaurante une sofisticação a um cardápio cheio de opções apetitosas e com preços camaradas, num espaço reservado e com decoração clean. As paredes de pedra e a música (geralmente jazz) tornam o local uma salvação para a agitação cotidiana do Centro.

                Quando vou lá, geralmente peço algo da cafeteria, uma cesta de pães com uma das pastinhas (a de gorgonzola é uma perdição) ou uma tartelete (recomendo muito a de chocolate branco com frutas vermelhas e a que  tem três camadas de chocolate). Depois de lá, vale a pena também caminhar um pouco pelas redondezas, que é um verdadeiro oásis para a correria do dia-a-dia.

                Ali, você vai encontrar bares super simpáticos, um capuccino gostoso na Tabacaria Africana (no Largo do Paço) e uma programação musical bem interessante (às terças tem jazz ao ar livre na esquina com a Rua do Mercado e, aos sábados, costuma haver um sambinha quinzenal na Rua do Ouvidor).

                Rua do Rosário, 34 - Centro

                Pra entrar no clima:

                Bar Duke (Ipanema)

                Quem gosta de um ambiente retrô precisa conhecer esse bar/ lanchonete, que fica bem na esquina da Farme com a Barão da Torre. O lugar é cheio de objetos, fotos e recortes de jornal  com cara de antigos. A casa  é super aconchegante e tem um cardápio com cervejas pouco comuns por aí, sanduíches suculentos - daqueles em que o hambúrguer tem meio metro de altura - e milkshakes deliciosos (de sabores como chocolate belga e doce de leite argentino).

                Achei bacana também que, além do copo com o shake, ainda vem  o que sobrou da bebida em um  recipiente separado, pra gente se deliciar mais um pouquinho. Os garçons gente boa e a música ambiente light deixam o bar ainda mais agradável. Vale ir numa ocasião especial, já que os preços não são lá dos mais populares, e quando a ideia for conhecer um lugar cool.

                Duke
                Rua Farme de Amoedo, 102 - Ipanema (esquina com a Rua Barão da Torre)


                Pra entrar no clima:



                sexta-feira, 23 de abril de 2010

                Viradão Carioca

                Começa hoje e vai até domingo uma maratona de shows, peças e outros eventos culturais, em grande parte gratuitos. O evento vai trazer apresentações de cantores e bandas bem legais, como Seu Chico, Mariana Aydar, Paula Toller, Casuarina, Geraldo Azevedo, Milton Nascimento, Lulu Santos e Orquestra Voadora. A programação você confere em http://www.viradaocarioca.net.br/

                Festa POParty, no Galeria Café (Ipanema)

                Já fazia um tempo que me falavam do Galeria, mas eu ainda estava devendo a visita. Pendência resolvida. O lugar é pequeno, mas dá pra dançar numa boa e a música é ótima pra quem gosta, é claro, de pop. Madonna, Lady Gaga, Pussycat Dolls e Kylie Minogue reinam no set do DJ LC Ambient, que ontem ornava uma simpática peruquinha chanel preta e comandava também os vídeos de cada música escolhida. A seleção inclui ainda escolhas menos óbvias, como Yelle e Pizzicato Five.

                A festa busca inspiração na pop art, o que dá a ela uma cara bem divertida. O público é gay e quase todo masculino (eu era uma das únicas representantes femininas na casa). Os banheiros são unissex, então prepare-se pra se desapegar da higiene. O grande porém são os preços do bar. Cerca de R$4 por uma água numa garrafinha mini, R$7 por uma cerveja long neck e R$12 por um Cosmopolitan feito com Smirnoff tá bem salgado. Fora isso, a equipe da casa é super gentil, dá pra se divertir bastante, cantar junto e dançar como se não houvesse amanhã.

                Festa POParty - Quintas-feiras no Galeria Café, a partir das 23h
                Rua Teixeira de Melo, 31 E e F, Ipanema (perto da Praça General Osório)
                R$18 na lista amiga, R$22 (até 00h30) e R$30.


                Pra entrar no clima:


                Fabuloso primeiro post

                Outro dia, combinei de sair com os amigos. Parecia tudo certo: combinamos o lugar, a festa parecia boa, os nomes estavam na lista amiga. Chegando lá, a surpresa: uma fila gigante jogava os nossos planos por água abaixo.

                Tentamos ir pra outro lugar. Cheio. Entrei na internet pelo celular pra pesquisar uma segunda opção e nada parecia legal. Mega perrengue. Depois de quase voltar pra casa cheios de frustração, no fim das contas encontramos um lugar legal e todos foram felizes para sempre (ou quase isso, mas finge).

                Daí a gente pensa: seria muito melhor se houvesse um site amigo por aí, algum lugar pra conferir o que é boa pedida e o que é furada na noite alternativa do Rio, né? Foi então que surgiu a ideia do blog. Além das sugestões noturnas, vou postar também textos sobre cinema, literatura, teatro, palestras e outros eventos da agenda cultural carioca. Afinal, a gente sempre precisa de um plano A, um plano B... e até, quem sabe, um plano Z.

                Tem uma dica legal? Manda pra cá!

                Agora puxe uma cadeira e sinta-se em casa.